Dozolina Maria Fazolo da Silva - Dezembro 2009

Pensei em fazer um depoimento breve, mas, como minha intenção é ajudar as pessoas vou procurar relatar com precisão o meu caso. Aos 30 anos de idade, quando de uma Cesariana, retirei a trompa esquerda e grande parte do ovário direito, em função de cistos gestacionais. Aos 35 anos, tive menopausa cirúrgica e desde então começaram todos os meus problemas: reposição hormonal; ganho de peso; dificuldade para perder peso; aumento da pressão arterial; triglicerídeos altos e por fim Diabetes Mellitus. Nunca fui uma pessoa magra, mas sempre conseguia me manter bem fisicamente e saudável, mas após a menopausa as dietas; vigilantes do peso e nem mesmo a acupuntura deram bons resultados. Nos últimos 08 anos, a Diabetes mantinha-se sob controle com medicação, porém, a partir de 2008, os medicamentos já não eram capazes de controlar a doença. Comecei, então, a buscar outros tratamentos, consultei diversos endocrinologistas e cirurgiões, me inscrevi em grupos de estudos nos principais hospitais de Porto Alegre e não obtive nenhuma resposta, ou melhor, a resposta dos especialistas era de que no mercado ainda existiam várias medicações para experimentar e dos cirurgiões era de que por 25 ou 30 mil reais a cirurgia poderia ser indicada. Em 2009, aos 47 aos de idade, 1,60m de altura e 82 quilos; Glicose em torno de 360, hemoglobina glicosilada em torno de 10,6; já apresentava retinopatia diabética; rins comprometidos; fígado semelhante ao fígado de uma alcoólatra; pele, unhas e cabelos envelhecidos; muitas dores nas articulações e pés, impedindo qualquer tipo de atividade física, e tomando quatro medicamentos para a Diabetes; um para a pressão; um para os triglicerídeos; um diurético; um para a retinopatia e mais uma Sertralina para conviver com todos estes comprimidos. Meu gasto com a farmácia era superior ao gasto com o supermercado e minha saúde cada vez mais precária. A idéia de vir a ficar cega me apavorava. E não estar na formatura da minha filha? Terrível. Em agosto de 2009, meu médico (me tratava com meu Cardiologista, já que os endocrinologistas nunca acertavam o tratamento), me disse que não via alternativa senão o uso de insulina. Respondi que me negava a usar a insulina, pois sabia que ganharia peso e nem admitia a hipótese de picar meu corpo todos os dias. Novamente fui à Internet e desta vez encontrei a Equipe do GECOM. Olha que nos últimos dois anos pesquisei muito, estudei muito e fiz contatos com cirurgiões de Curitiba, São Paulo e Goiânia. Mas sempre tinha um obstáculo. No GECOM, já na primeira ligação a Srta. Mari ? Secretária, respondeu a todas as minhas perguntas com muita firmeza e logo marcamos uma consulta com um Cirurgião do GECOM. Levei todos os exames que tinha em mãos e ele me deu uma explicação bastante técnica, mas muito clara sobre a cirurgia bariátrica e metabólica; técnica a ser utilizada (Fobi Capella); prós e contras; indicações; equipe multidisciplinar, enfim, foi uma longa consulta e saí de lá com a convicção de que finalmente alguém se interessara pelo meu caso. Saí de lá com a esperança de que estava trocando um tratamento já ineficaz, por uma cura. No entanto, como Cirurgião, Dr. Gabriel deixou claro que a indicação do tratamento adequado não caberia a ele e sim a Endocrinologista. De imediato, consultei a Endocrinologista da Equipe (esta com ?E? maiúsculo ? Dra. Kátia Souto), a qual solicitou uma série de exames, alguns demoraram muitos dias para ficarem prontos (feitos na Espanha, inclusive) e quando levei o resultado ela concluiu que a cirurgia estava indicada para o meu caso. Concomitante a isto, voltei ao meu Cardiologista e expus a situação e, para minha tranquilidade, finalmente ele concordou que a cirurgia era a solução. Fez todos os exames cardiológicos que lhe competia e forneceu o laudo que eu apresentava condições de ser submetida à intervenção cirúrgica. São 12 anos de convívio e a opinião dele foi importante, tão importante quanto à do meu Oftalmologista, que me trata há 29 anos e me disse: - Dozolina faça a cirurgia e tenha a certeza de que tudo vai dar certo. Os olhos são os últimos a sentirem os efeitos da Diabetes. Se os seus já estão doentes, imagina os demais órgãos. Nesta época, já estava consultando com a Dra. Débora ? Psicóloga; Dra. Sibele ? Nutricionista e Dra. Marlei ? Fonoaudióloga, bem como assistindo às palestras do GECOM e conversando com o Dr. Gabriel, mais tarde consultei com a Dra. Ângela ? Fisioterapeuta. Todos estes profissionais são de extrema importância antes, durante e após o processo cirúrgico. Não saberia qualificar qual o mais importante, porque todos são indispensáveis para alcançarmos nosso objetivo. Em determinado momento, tive um sentimento de culpa do tipo ?vou precisar mutilar meu corpo para resolver um problema que eu criei por não me cuidar?. No entanto, estes profissionais me mostraram que não é bem assim e que eu poderia ser magra e mesmo assim estar diabética. Concluindo, fiz minha cirurgia no dia 02/12/2009, no Hospital Mãe de Deus, coberta pela UNIMED, em caráter excepcional, visto que meu IMC era inferior a 35 (ficava entre 29 e 31), porém, minha morbidade era caracterizada pelas doenças associadas. Hoje ? 33 dias após, 10 KG mais magra, minha pressão encontra-se totalmente controlada (12/8), sem medicações, e a minha glicose varia entre 90 (jejum) a 105 (pós prandial). Tomo apenas um comprimido de Cloridrato de Metformina à noite e um para o estômago em jejum, ambos temporários. O pós-operatório é absolutamente tranquilo; em nenhum um momento senti dores, apenas um pequeno desconforto abdominal nos primeiros dias, amenizado pelas atividades de fisioterapia conduzidas pela Dra. Ângela; a atenção dispensada pela Equipe GECOM foi de fundamental importância para que tudo ocorresse da melhor forma, começando pela atuação das prestativas Mari e Paula e finalizando com a competência e especial dedicação do Dr. Gabriel. Estou reaprendendo a viver; a apreciar os alimentos de forma que não se tornem nocivos; não sinto fome; não sinto vontade de comer o que, no momento, não me pertence; estou consciente de que a Ciência fez a mudança física e metabólica, mas que eu preciso estar comprometida com o meu sucesso. Agradeço a Deus esta nova oportunidade de ter uma vida melhor e decidi que não quero nada mais ou menos daqui em diante. Obesidade, independente do IMC, é uma doença e o obeso é sim um portador de necessidades especiais. A sociedade não entende assim ainda!

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