Obesidade malígna

Obesidade malígna

Obesidade malígna

Dr. Ricardo Cohen, presidente da SBCBM: “Queremos beneficiar aquele paciente cujo excesso de peso em si não é tão problemático quanto a severidade das doenças associadas”

Obesidade maligna

Excesso de peso pode esconder doenças perigosas

Um novo conceito está no centro de discussões da comunidade científica do Brasil e do exterior. É a chamada “obesidade maligna”, doença determinada por excesso de peso e agravamento dos sintomas da síndrome metabólica. 

Em março de 2011, a Federação Internacional de Diabetes recomendou a aplicação da cirurgia bariátrica e metabólica também para pacientes com IMC a partir de 30 kg/m². No entanto, a entidade fez a seguinte ressalva: o novo critério é para pessoas diabéticas ou predispostas à doença cujo melhor tratamento medicamentoso disponível não surta efeito no controle do problema e existam riscos elevados de complicações ou mortalidade cardiovascular. 

A recomendação, fundamentada por experimentos bem-sucedidos em países como Brasil (somos pioneiros), Estados Unidos, Suécia, Inglaterra, Índia, Austrália e Nova Zelândia, teve o aval de mais de 200 entidades de 160 países.

Vale lembrar que as normas vigentes no mundo inteiro autorizam a cirurgia bariátrica e metabólica somente para pacientes com IMC acima de 40 kg/m² (obesidade mórbida) ou IMC acima de 35 kg/m² com doenças associadas. 

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Ricardo Cohen, afirma que o novo critério para a indicação cirúrgica visa aumentar o controle de doenças graves e nada tem a ver com finalidades estéticas. “Queremos beneficiar aquele paciente cujo excesso de peso em si não é tão problemático quanto a severidade das doenças associadas”, explica Cohen. “A mudança pode evitar casos em que o paciente engorda de propósito para entrar no peso padrão da cirurgia, o que é muito perigoso para a sua saúde.”

Sintomas mais comuns da obesidade maligna

- IMC em torno de 30 kg/m²

- Medida da cintura maior que 102 cm para homens e 88 cm para mulheres

- Alteração da glicemia

- Excesso de ácido úrico

- Hipertensão arterial

- Triglicérides acima de 150 mg/dl

- HDL (colesterol bom) abaixo de 50 mg/dl para homens e 40 mg/dl para mulheres

O que é síndrome metabólica?

Caracteriza-se pelo acúmulo de gordura abdominal – importante fator de risco para o diabetes tipo 2 – e por outras alterações, como hipertensão arterial, triglicérides elevados e níveis baixos de colesterol “bom”. 

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