Quando o paciente busca um serviço de cirurgia bariátrica ele está, em geral, bastante empolgado e motivado com a possibilidade de melhorar e até resolver sua condição de obeso mórbido.
Entretanto, esta mudança exige muito emocionalmente do paciente. Em geral, os pacientes com obesidade severa sofrem desta doença obesidade desde a infância e, ao longo do caminho, foram adquirindo hábitos alimentares e comportamentais que precisam de um tempo para serem identificados e conseqüentemente alterados.
Na avaliação psicológica encontra-se o momento de preparação do paciente para algo extremamente radical em sua vida, que é a cirurgia bariátrica.
Desejar muito a cirurgia não significa que o paciente esteja pronto para mudanças tão significativas. Estas mudanças exigem um paciente com uma estrutura emocional relativamente adequada.
É necessário, na avaliação emocional, que um profissional treinado e especialista em obesidade severa, escute o paciente e conheça sua história de vida, sua história de obesidade, situação familiar etc...
A cirurgia da obesidade exige do paciente.
O novo estomago exige do paciente.
O paciente entende na avaliação psicológica qual é o seu papel nesse processo que inicia ali, no momento em que o paciente está diante do profissional, preparando-se para a cirurgia.
A cirurgia bariátrica é uma cirurgia diferente de qualquer tipo de operação, pois ela inclui o esforço do paciente no seu sucesso. Um paciente que se coloca como passivo, não muda hábitos alimentares, como compulsões, por exemplo, é um paciente que não terá sucesso absoluto.
Já que falamos de compulsão alimentar é importante esclarecer que: se a obesidade é uma doença, o sintoma emocional da obesidade é a compulsão. Este sintoma, comer sem controle, é algo do psicológico e como a doença obesidade, não tem cura, mas tem controle.
Na avaliação emocional então, conhecemos o paciente e preparamos a pessoa para todo o processo pelo qual ela irá viver. Sempre incluímos os familiares ou a pessoa mais próxima, como esposa ou marido, pois sua família deve estar entendendo o processo pelo qual o paciente irá se submeter, para melhor ajudá-lo.
Além disso, sempre conversamos sobre as mudanças que nosso paciente ira vivenciar, isso, em geral, também afeta seu mundo familiar, social, profissional, afetivo e sexual.
A avaliação emocional, portanto protege o paciente, dando-lhe apoio e melhores condições para que possa enfrentar todas as mudanças com mais segurança.